Depois de muito tempo sem postar, eis aqui um novo pensamento que gostaria de compartilhar. A primeira impressão do título pode e deve causar em você, irmão protestante, um certo sentimento relutante que lhe remete ao próprio sentido do protestantismo, o qual foi uma parcela do “bolo“ cristão da época que se separou da igreja católica quando Lutero denunciou alguns comportamentos NÃO condizentes com a Bíblia Sagrada, executados e ordenados cotidianamente pela mesma.
Sinto-lhe informar que, não só ao meu ver mas ao de muitos que ouço e converso, ou fazemos renascer um Espírito de Lutero dentro das igrejas ou estamos fadados a alcançar o mesmo caminho.
Dito isto, peço que analise friamente os comportamentos das igrejas evangélicas de expressividade atuais. Todas possuem, apesar de ainda possuírem um credo 98% homogêneo entre si (creio em deus pai, creio em jesus cristo, creio na trindade, etc.etc.), um formato estrutural, societário e cultural tão ÚNICO que faz com que uma pessoa que saia de uma igreja não consiga rapidamente se adaptar ao entrar em outra pela brutal diferença. Parece outra cultura, outro mundo! Saiu do Português para o Mandarim..what???
Possuem além da Bíblia Sagrada, uma série de dogmas e doutrinas “cristãs“ que muito não se assemelham em NENHUMA outra denominação, a não ser pela visão IMUTAVEL sobre obediência e submissão. Tornam-se com o tempo, autossuficientes, a ponto de negligenciarem e proibirem quase todo tipo de ensino que não provenha da sua própria “fonte“.
Algumas destas, seus fundadores ou líderes são tão ovacionados que, chegaram a um nível de perfeição! Tudo que fazem é perfeito, infalível e vem de Deus.. TUDO!
E… ai de você se resolver questionar… (“é um judas, espírito de Satanás`)`. Uns já possuem até local para serem enterrados… dentro da própria Igreja.. IGUAL AO PAPA!!!! Te peguei…
Mas infelizmente, a meu ver, o que mais nos assemelha a citada igreja é a falta de interesse, pesquisa e crescimento dos próprios membros. A igreja não está gerando pensadores, está gerando androides. Pessoas que não tem na igreja o vinculo de crescimento espiritual mas o de dependência TOTAL não de Deus, da IGREJA! (se eu não for no culto do dia tal e não OFERTAR TANTO, estarei em pecado, minha mão ira cair, minha língua enrolar, minha perna apodrecer, Deus não gostará mais de mim e toda minha vida cairá “no colo do capeta“). Te peguei de novo…
O protestantismo iniciou com pessoas que, AO SEREM CONHECEDORAS DA PALAVRA DE DEUS, confrontavam as informações recebidas pela igreja com as que, de fato, estavam na Palavra. Eram pessoas que tinham verdadeiro e puro interesse em conhecer mais de Deus, PRINCIPALMENTE conhecendo a Palavra dele. E hoje… o que vemos dentro das igrejas? Pessoas com conhecimento e entendimento bíblico pífio! Ninguém conhece direito a Bíblia, NINGUÉM também tem coragem de perguntar a um superior: “ok, você pode me explicar isto pois não entendi quando foi pregado no culto do dia tal pois na Bíblia diz isso e você falou àquilo…` `.
Fala sério, me diga que igreja tem pastor com tempo disponível para atender ou solucionar dúvidas referentes à palavra de seus membros sem querer NADA em troca… te peguei mais uma vez..
Desta forma, o crescimento das Igrejas “protestantes“ atuais é feito da mesma maneira que aconteceu com o da I.C que foi denunciado pelos próprios protestantes que é: restrição ao conhecimento, ao diálogo e questionamento e obediência absoluta. Tudo igual…
“Ahhh, mas na minha igreja não é assim“. Ok, pode ser que não.. tomara!
Mas, faça um teste: Diga ao seu Pastor/Bispo/Apóstolo/Mestre dos Magos/etc. que ele ESTÁ ERRADO e veja a reação dele com você, só para testar. Aposto que muitos de vocês vão, na mesma hora, lembrar deste texto e pensar: “MEU DEUS, será se estou virando um novo tipo de católico?
É preciso acordar igreja! É preciso voltar aos fundamentos elementares da fé.
É preciso LER A BÍBLIA… simples e quase que exclusivamente le-la. Este simples gesto trará nas nossas mentes e corações a lembrança ao que, de fato, é o plano de Deus e, quem sabe, nos de a chance de nos afastar-mos do mesmo caminho… ou fim?
Blog de Eduardo e Claudia 